einstein (São Paulo). 01/jan/2016;14(1):47-51.

Infecções e lúpus eritematoso sistêmico

Thelma Larocca , Jéssica Scherer , Patricia Imai , Renato Mitsunori

DOI: 10.1590/S1679-45082016AO3490

RESUMO

Objetivo

Determinar a incidência de infecções em uma população com lúpus eritematoso sistêmico e a caracterização das mesmas quanto aos locais de origem, assim como estudar possíveis associações das infecções com a terapêutica utilizada.

Métodos

Estudo retrospectivo analítico utilizando dados de prontuários de indivíduos com lúpus eritematoso sistêmico de um único hospital universitário. Foram investigados 144 pacientes acompanhados pelo período de 5 anos. Os dados coletados incluíam idade do paciente e idade de início do lúpus, sexo e etnia, tempo de duração da doença antes do período do estudo, medicamentos administrados, dose cumulativa de prednisona, ocorrência de infecções e seu local de origem.

Resultados

As infecções mais observadas foram as do trato urinário (correlacionadas com o uso de prednisona − p<0,0001, e ciclofosfamida − p=0,045), infecções das vias aéreas superiores (correlacionadas com o uso de prednisona − p=0,0004, micofenolato de mofetila − p=0,0005 e ciclosporina − p=0,025) e pneumonia (correlacionadas ao uso de prednisona − p=0,017).

Conclusão

A prednisona foi o medicamento mais associado com a presença de infecções, apontando para a necessidade de um manejo mais judicioso desse medicamento.

Infecções e lúpus eritematoso sistêmico
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