einstein (São Paulo). 01/abr/2015;13(2):221-5.

Avaliação da aderência à diretriz de cuidados para náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia

Monique Sedlmaier , Pedro Luiz Serrano Usón , Yuri Philippe Pimentel Vieira , Bernard Lobato , Carlos del Cistia , Taciana Sousa , Heloisa Veasey , Auro del

DOI: 10.1590/S1679-45082015AO3097

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a adesão dos médicos prescritores, de um centro privado especializado em oncologia, à diretriz de antiêmese profilática da American Society of Clinical Oncology, no primeiro ciclo de quimioterapia antineoplásica.

Métodos:

Foram avaliados retrospectivamente 139 esquemas de quimioterapia, de 105 pacientes, tratados no período de 2011 a 2013.

Resultados:

Foram observados 78% de taxa de não adesão à diretriz. As principais discordâncias com a diretriz foram prescrição de doses mais elevadas de dexametasona e uso excessivo de antagonista 5-HT3 para regimes de quimioterapia de risco emetogênico baixo. Pela análise univariada, malignidades hematológicas (p=0,005), uso de dois ou mais quimioterápicos (p=0,05) e regimes de alto risco emetogênico (p=0,012) foram fatores estatisticamente associados a maior adesão à diretriz. O tratamento baseado em paclitaxel foi o único fator estatisticamente significativo para a não adesão (p=0,02). Pela análise multivariada, a quimioterapia de alto risco emetogênico apresentou maior correlação com a adesão à diretriz (p=0,05).

Conclusão:

Houve maior aderência para a quimioterapia de alto risco emetogênico. Esforços educacionais devem se concentrar mais intensamente na gestão de regimes de quimioterapia com potencial emetogênico baixo e moderado. Talvez o desenvolvimento de lembretes gerados por sistemas informatizados possa melhorar a aderência à diretriz.

Avaliação da aderência à diretriz de cuidados para náuseas e vômitos induzidos por quimioterapia
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