einstein (São Paulo). 27/maio/2021;19:eAO5506.

Uso de psicofármacos entre trabalhadores em afastamento laboral por transtornos mentais

Fabiana Vieira Garcia , Alessandra Rezende , Luciana Gonçalves de Oliveira , Cristiane Menezes de

DOI: 10.31744/einstein_journal/2021AO5506

RESUMO

Objetivo

Descrever a utilização de psicofármacos por servidores públicos com registro de absenteísmo por transtornos mentais, e analisar sua associação com a duração do afastamento do trabalho.

Métodos

Estudo transversal com servidores públicos em afastamento laboral por transtornos mentais, entre janeiro a dezembro de 2017. Variáveis demográficas, ocupacionais e clínicas foram obtidas a partir de dados secundários. Foram empregados testes não paramétricos para avaliar a correlação entre o uso de psicofármacos e o tempo de afastamento. A análise de cluster foi utilizada para verificar a associação entre as características ocupacionais e o perfil de adoecimento do servidor.

Resultados

Os antidepressivos foram os medicamentos mais utilizados (82,9%). Observaram-se diferenças nos valores centrais de dias de afastamentos por número de psicofármacos utilizados. Na análise de cluster , um dos conglomerados (servidores com idade e tempo de trabalhos intermediários – média 46 anos de idade e 15 anos de trabalho) destacou-se em relação à utilização de antidepressivos, gravidade do quadro depressivo, frequência e duração do afastamento.

Conclusão

O afastamento laboral por transtornos mentais esteve associado à maior utilização de psicofármacos. O grupo de servidores identificado pode ser alvo prioritário de ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde na instituição.

Uso de psicofármacos entre trabalhadores em afastamento laboral por transtornos mentais
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