einstein (São Paulo). 25/jun/2019;17(4):eED5064.
Integridade científica 2.0: má conduta. Vamos evitar, e não punir!
DOI: 10.31744/einstein_journal/2019ED5064
A crescente complexidade das investigações modernas e inovadoras tem levantado questões importantes relacionadas ao compliance (governança) e à conduta responsável na pesquisa. A abrangência dos itens a serem administrados aumentou muito, de forma a incluir grande variedade de questões, desde autoria, plágio, gestão de dados, confidencialidade, direitos de patentes, conflitos de interesse, até conduta ética, bem-estar animal e aspectos sociais das pesquisas sendo feitas.() Todos esses fatores têm sobrecarregado a rotina diária de laboratórios experimentais, centros de pesquisa clínica e biotérios para animais onde a pesquisa científica é desenvolvida.
Um efeito nítido resultante da explosão mundial de ciência e inovação é o aumento de retratações de artigos publicadas por autores, periódicos e parceiros da indústria. As retratações estão no centro das atenções e ganharam ainda mais notoriedade após o lançamento do Retraction Watch Database (Banco de Dados de Retratações ), em 25 de outubro de 2018.() Tanto a comunidade científica e as instituições acadêmicas, como os gerentes de compliance e outras partes interessadas têm que lidar e dar conta dessa nova situação. Isso se deve parcialmente à percepção do número crescente de retratações − cerca de 500 por ano. Consequentemente, há interesse cada vez maior das instituições acadêmicas em assumirem papel mais proativo e auxiliarem pesquisadores, estudantes de pós-graduação e parceiros colaboradores a cumprirem os requisitos da integridade em sua conduta na pesquisa. O primeiro passo para garantir o rigor exigido na realização de pesquisas é cumprir as regras e normas institucionais, o que pode ser feito com a ajuda dos gestores de pesquisa.
[…]
377