einstein (São Paulo). 01/out/2016;14(4):vii-viii.

Einstein São Paulo: suas métricas e algumas questões relacionadas

Jacyr , Sidney

DOI: 10.1590/S1679-45082016ED3922

O fator de impacto (FI) é a principal ferramenta para avaliar uma revista hoje em dia. Quando se sugere uma publicação para submissão de um manuscrito, a primeira pergunta é: “Qual é o fator de impacto”?. Em todo o mundo, os pesquisadores são estimulados a publicar artigos em periódicos com FI alto. Trata-se de uma situação perversa, pois revistas como Science ou Nature têm uma taxa de rejeição de mais de 95% e, portanto, só aceitam os manuscritos muito importantes, que serão bastante citados, contribuindo para aumentar seu FI. As revistas sem FI, ou com FI baixo, têm muito mais dificuldade para obtê-lo ou aumentá-lo.

O FI foi concebido por Garfield em 1955, quando publicou um artigo na Science sugerindo como ele deveria ser calculado. Sua ideia foi discutida e, em 1964, foi desenvolvido e publicado o Science Citation Index.() Este índice foi comprado pela Thomson Reuters, que o publica atualmente como o Journal Citation Report. O modo de calcular a métrica é simples: todas as citações de todos os artigos publicados nos últimos 2 anos, e as que serão publicadas no ano seguinte, em periódicos que fazem parte da Web of Science, são contadas e divididas por todos os artigos publicados naquela revista científica durante os 2 anos. Esse é o FI da revista. Entretanto, não é fácil obter um FI; não importa se o periódico está indexado no PubMed, ou se tem publicado textos revisados por pares, dentro do cronograma, durante anos. O periódico precisa ser avaliado pelos revisores da Thomson Reuters, que precisam concordar que a revista merece fazer parte da sua coleção. No entanto, os critérios usados nem sempre são claros.

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