einstein (São Paulo). 01/jul/2016;14(3):352-8.

Proteína C-reativa ultrassensível não se associa com obesidade em pacientes hospitalizados por insuficiência cardíaca

Vânia Ames , Airton Tetelbom , Aline , Estefania Inez , André Luís Câmara , Guido Bernardo Aranha

DOI: 10.1590/S1679-45082016AO3705

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a associação entre obesidade e níveis de proteína c-reativa ultrassensível (PCR-us) em pacientes com insuficiência cardiac admitidos em um hospital terciário.

Métodos:

Estudo transversal com amostragem consecutiva de pacientes com insuficiência cardíaca hospitalizados. Foram coletados dados sociodemográficos e clínicos, e o estado nutricional foi avaliado por meio de indicadores como índice de massa corporal (em kg/m2), circunferência da cintura (em cm), razão cintura-quadril, dobra cutânea tricipital (em mm) e dobra cutânea subescapular (em mm). Circunferência do pescoço (em cm) foi aferida bem como níveis séricos de PCR-us, em mg/L.

Resultados:

Em 123 pacientes, a média da idade foi 61,9±12,3 anos, e 60,2% eram do sexo masculino. A mediana de PCR-us foi de 8,87mg/L (3,34 a 20,01). Detectou-se tendência à correlação inversa entre circunferência do pescoço e PCR-us (r=-0,167; p=0,069). Na análise por regressão linear múltipla, após ajustes para idade, gravidade da doença (classificação NYHA III e IV, fração de ejeção baixa, disfunção ventricular esquerda durante a diástole) e quadros infecciosos, houve associação inversa entre PCR-us e circunferência do pescoço (ß=-0,196; p=0,03) e dobra cutânea subescapular (ß=-0,005; p=0,01) na amostra total, que não se manteve após estratificação para sexo.

Conclusão:

O aumento dos níveis de PCR-us em pacientes hospitalizados por insuficiência cardíaca não se associou à obesidade.

Proteína C-reativa ultrassensível não se associa com obesidade em pacientes hospitalizados por insuficiência cardíaca
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