einstein (São Paulo). 20/out/2021;19:eAO6177.

Tratamento da doença do enxerto contra hospedeiro crônica oral: um estudo de coorte retrospectivo

Gabriela de Assis , Taísa Domingues Boehmer , Camila Brandão , Paulo Sérgio da Silva , Maria Claudia Rodrigues , Héliton Spindola

DOI: 10.31744/einstein_journal/2021AO6177

RESUMO

Objetivo

Avaliar os pacientes com resposta completa da doença do enxerto contra hospedeiro crônica oral ao tratamento com imunossupressor.

Métodos

Vinte e nove pacientes submetidos ao transplante alogênico de células tronco hematopoiéticas, com doença do enxerto contra hospedeiro crônica oral, foram incluídos neste estudo retrospectivo, de setembro de 2012 a fevereiro de 2018. Os pacientes foram tratados com dexametasona para bochecho associada ao tacrolimo pomada, dexametasona para bochecho associada ao tacrolimo tópico, tratamento imunossupressor sistêmico, e dexametasona tópica apenas.

Resultados

O tempo médio para resposta completa das lesões liquenoides, eritema e ulcerações usando dexametasona e imunossupressor sistêmico foi de 105, 42 e 42 dias, respectivamente (p=0,013). Quando a dexametasona estava associada ao tacrolimo e a medicação imunossupressora sistêmica, o tempo médio para resposta completa das lesões liquenóides, eritema e ulcerações foi de 91, 84 e 77 dias (p=0,011). Quando foi utilizada apenas dexametasona, o tempo médio para resposta completa das lesões liquenoides, eritema e ulcerações foi de 182, 140 e 21 dias, respectivamente (p=0,042).

Conclusão

Nosso estudo mostra que as lesões liquenoides requerem mais tempo para cicatrização completa. É notável que as lesões liquenoides tendem a responder melhor ao tratamento da dexametasona combinada com o tacrolimo e o imunossupressor sistêmico. Já o eritema e as ulcerações respondem melhor à dexametasona combinada com medicação imunossupressora sistêmica, e dexametasona apenas, respectivamente.

Tratamento da doença do enxerto contra hospedeiro crônica oral: um estudo de coorte retrospectivo
Ir para o conteúdo