einstein (São Paulo). 01/jan/2011;9(1 Pt 1):1-7.

Terremoto no Haiti: uma experiência multiprofissional

Milton , Melissa Simon , Mario , Cristiane Isabela de , Maria Tereza Augusto , Silvia , Miguel Cendoroglo , Oscar Fernando Pavão dos , Alberto Hideki , Claudio Luiz

DOI: 10.1590/S1679-45082011AE1841

INTRODUÇÃO

No dia 12 de Janeiro de 2010, um terremoto de 7.0 na escala Richter atingiu o Haiti, o país mais pobre das Américas. O terremoto teve seu epicentro em Léogâne e se expandiu por quase toda a extensão norte-sul do país, atingindo inclusive a capital, Porto Príncipe. O desastre causou grande destruição, com mais de 250 mil residências e 30 mil prédios comerciais arruinados, deixando mais de 1 milhão de desabrigados. Como consequência, a catástrofe causou 230 mil mortes e mais de 300 mil feridos(). () Após o desastre, entidades médicas, governamentais e não governamentais, ao redor do mundo, mobilizaram-se para enviar esforços. Muitos voluntários profissionais de saúde, de várias e diferentes áreas, uniram-se nesse trabalho.

Estudos prévios descrevem a gravidade e a epidemiologia das lesões pós-terremotos(–). O terremoto de Wenchuan, na China, em 2008, apresentou, de acordo com o Injury Severity Score (ISS), 45% das lesões abaixo de 8 (lesões leves), 41,1% entre 9 e 14 (lesões moderadas) e 13,9% com o ISS acima de 15 (lesões graves)(). Das lesões do terremoto de Caxemira, no Paquistão, em 2005, 64,9% eram lacerações superficiais, 22,2% eram fraturas, 5,9% contusões e entorses(). A conclusão desses estudos apontou a necessidade de uma ação coordenada e da existência de um hospital bem equipado e completo para o atendimento das vítimas(–).

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