einstein (São Paulo). 09/set/2020;18:eAO5395.
Prevalência de sedação paliativa no Estado de São Paulo: uma demanda médica emergente
DOI: 10.31744/einstein_journal/2020AO5395
RESUMO
Objetivo
Verificar a prevalência e os fatores associados ao uso de sedação paliativa.
Métodos
Trata-se de estudo observacional realizado a partir do preenchimento de um questionário eletrônico com 23 questões objetivas enviado a médicos paulistas. Foram avaliados os dados demográficos, a prevalência e a frequência de uso da sedação paliativa; o nível de conhecimento a respeito da técnica; e as motivações para sua utilização. Visando minimizar o viés de recordação, questões sobre a frequência de uso e motivações para tal, as respostas deveriam se referir ao último ano em relação à data de preenchimento da pesquisa. Foi utilizada estatística descritiva para sumarizar os resultados.
Resultados
Foram enviados 20.168 e-mails e obtiveram-se 324 respostas válidas, resultando em 2% de adesão. A prevalência de utilização da sedação paliativa ao longo do histórico de atuação profissional foi de 68%, mas apenas 48% utilizaram a sedação paliativa no último ano, motivados, principalmente, pela presença de dor no paciente (35%). A frequência de uso foi de uma a seis vezes (66%), e a principal razão para não empregar a sedação paliativa foi a ausência de pacientes elegíveis (64%). Aproximadamente 83% dos médicos sentiam-se confortáveis quanto ao uso de sedação paliativa, mas apenas 26% possuíam formação teórica específica na área.
Conclusão
A prevalência de uso da sedação paliativa é alta, sendo utilizada, na maioria das vezes, para proporcionar o alívio da dor do paciente. Por outro lado, sua frequência de utilização é baixa, principalmente pela ausência de pacientes elegíveis.
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