einstein (São Paulo). 16/abr/2020;18:eAO5070.

Prevalência de priapismo em indivíduos com doença falciforme e suas implicações na função sexual masculina

Mateus Andrade , Heros Aureliano Antunes da Silva , Alana de Medeiros , Carina Oliveira Silva , Evanilda Souza de Santana , José Murillo Bastos , Eduardo de Paula , Cristiano Mendes , José de Bessa

DOI: 10.31744/einstein_journal/2020AO5070

RESUMO

Objetivo

Avaliar aspectos epidemiológicos do priapismo em pacientes com doença falciforme e o impacto desses aspectos na função sexual de adultos.

Métodos

Trata-se de estudo transversal, que incluiu indivíduos com doença falciforme acompanhados em um centro de referência. Os participantes responderam a um questionário estruturado acerca das características sociodemográficas e eventos de priapismo. A função sexual foi avaliada por meio de dois instrumentos validados, a Escala de Rigidez de Ereção e um sobre satisfação com a vida sexual.

Resultados

Foram entrevistados 64 indivíduos com média de idade de 12 (7-28) anos. A prevalência de priapismo foi de 35,9% (23/64). O episódio mais precoce ocorreu aos 2 anos de idade e o mais tardio, aos 42 anos. A projeção estatística foi de que 71,1% desses sujeitos teriam pelo menos um episódio de priapismo ao longo da vida. Pacientes adultos com episódios de priapismo (10/23) apresentaram função erétil significativamente pior Escala de Rigidez de Ereção de 2 [1-3]; p=0,01 e estavam menos satisfeitos com a vida sexual 3 [3-5]; p=0,02.

Conclusão

O priapismo manifesta-se desde a infância, e episódios graves estão associados a dano cavernoso, prejuízo na qualidade da ereção e menor satisfação sexual.

Prevalência de priapismo em indivíduos com doença falciforme e suas implicações na função sexual masculina
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