einstein (São Paulo). 01/jan/2015;13(1):vii-viii.
Ensino da sexualidade na formação médica no Brasil
DOI: 10.1590/S1679-45082015ED3306
A inserção da sexualidade nos currículos das escolas médicas se justifica pela associação entre sexualidade e saúde, que pauta cotidianamente o exercício da medicina. Essa associação é notada pela importância conferida à sexualidade nos relacionamentos interpessoais e na qualidade de vida, e, também, pela prevalência das disfunções sexuais na população. Além disso, há altas expectativas dirigidas ao preparo dos médicos para a assistência em saúde sexual, inclusive a grupos vulneráveis, como a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.(,)
Apesar desse cenário atual de demandas e expectativas, diversas barreiras são apontadas para uma adequada assistência em saúde sexual. Tais barreiras são antigas e estão relacionadas ao desconforto dos profissionais diante das queixas sexuais dos pacientes, aliado a atitudes heterossexistas, que reforçam vulnerabilidades. A inabilidade de comunicação para a coleta de uma anamnese sexual e o desconhecimento sobre a intersecção entre sexualidade e saúde são também destacados. É nesse contexto que as recomendações para a melhoria da formação médica em sexualidade são reiteradas.()
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