einstein (São Paulo). 12/nov/2020;18:eAO5427.

Antibioticoprofilaxia cirúrgica: sua prática clínica está baseada em evidências?

Lucas Borges , Cinara Silva , Diego Silva , Fernando , Leonardo Régis Leira

DOI: 10.31744/einstein_journal/2020AO5427

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a utilização de antibioticoprofilaxia cirúrgica.

Métodos:

Foi realizado um estudo descritivo em um hospital universitário de cuidado terciário por meio de coleta de dados de prescrição, sociodemográficos e de hospitalização sobre todos os pacientes internados em 2014 que utilizaram pelo menos um medicamento antimicrobiano. Esses dados foram coletados da base de dados eletrônica do hospital. O consumo de antimicrobianos foi analisado de acordo com a classificação anatômica terapêutica e química/dose diária definida por mil pacientes-dia. Realizou-se uma análise exploratória por meio da análise de componentes principais.

Resultados:

Um total de 5.182 pacientes internados receberam prescrição de antibioticoprofilaxia cirúrgica, que corresponde a 11,7% do total de antibióticos utilizados no hospital. As unidades de ortopedia, pós-operatória de cirurgia torácica e cardiovascular e terapia intensiva pós-operatória foram responsáveis pela utilização de mais da metade (56,3%) da antibioticoprofilaxia cirúrgica. A duração de uso desses antimicrobianos nessas unidades foi 2,2, 2,0 e 2,4 dias, respectivamente. Cefalosporinas de terceira geração e fluoroquinolonas foram as classes de antimicrobianos com tempo de utilização mais longo.

Conclusão:

A utilização de antibioticoprofilaxia cirúrgica foi inadequada nas unidades de ortopedia, pós-operatória de cirurgia torácica e cardiovascular, terapia intensiva pós-operatória, ginecologia e obstetrícia e otorrinolarigonlogia. Portanto, são importantes o desenvolvimento e a implantação de estratégias que promovam o uso racional de antibioticoprofilaxia cirúrgica nos hospitais.

Antibioticoprofilaxia cirúrgica: sua prática clínica está baseada em evidências?
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