einstein (São Paulo). 03/nov/2021;19:eAO6451.

Aleitamento materno versus distribuição gratuita de fórmulas infantis pelo Sistema Único de Saúde

Flávia Galvão , Brunnella Alcântara Chagas de , Rita de Cássia Santos , Jersica Martins , Daniela Neves , Dayane de Castro , Camilla de Freitas , Sarah Aparecida Vieira , Raquel Maria Amaral , Bruna Romano , Taimã de Castro , Isabela Carvalho

DOI: 10.31744/einstein_journal/2021AO6451

RESUMO

Objetivo:

Caracterizar a situação de aleitamento materno e da adequação de prescrição de fórmulas infantis a lactentes assistidos por um programa de Atenção Secundária do Sistema Único de Saúde.

Métodos:

Trata-se de estudo transversal pela análise de prontuários de 350 lactentes de zero a 6 meses, acompanhados entre fevereiro a abril de 2019.

Resultados:

A possibilidade de aleitamento materno esteve presente em 97,0% das mães, e nenhum lactente apresentou condição médica aceitável para a proscrição do aleitamento materno. Apesar disso, apenas 47,2% dos casos estavam em aleitamento materno exclusivo antes do encaminhamento ao programa. Em relação aos motivos da introdução das fórmulas infantis, a complementação ao leite materno foi o mais presente (75,8%), seguido da volta da mãe ao mercado de trabalho (20,1%). As taxas gerais de inadequação dentre os prescritos foram de 65% antes da chegada ao programa, passando para 69% (fórmulas padrão) e 80% (fórmulas para fins especiais) durante o acompanhamento.

Conclusão:

A baixa taxa de aleitamento materno exclusivo e a prescrição indiscriminada de fórmulas infantis são preocupantes por causar prejuízos à saúde maternoinfantil e financeira do Sistema Único de Saúde.

Aleitamento materno versus distribuição gratuita de fórmulas infantis pelo Sistema Único de Saúde
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