einstein (São Paulo). 08/maio/2020;18:eAO4978.

Alta prevalência de sífilis em unidade prisional feminina do Nordeste brasileiro

Mara Ilka Holanda de Medeiros , Marcília Ribeiro , Kaline Silva , Luiz Alcino Monteiro , Jair Carneiro , Alessandra Albuquerque Tavares

DOI: 10.31744/einstein_journal/2020AO4978

RESUMO

Objetivo

Determinar a prevalência de sífilis e fatores de risco associados no sistema prisional feminino.

Métodos

Foi realizado estudo transversal com 113 mulheres. A coleta de dados ocorreu em duas etapas: a primeira etapa correspondeu à coleta de sangue para verificar a soropositividade à sífilis e a segunda a um formulário para avaliar situações de risco para infecções sexualmente transmissíveis.

Resultados

A prevalência da doença foi de 22,1% (n=25). Quanto às gestantes, identificou-se prevalência de 28,6%. Foi verificada relação estatisticamente significativa entre a infecção pela sífilis e a história prévia de infecções sexualmente transmissíveis (p=0,04). Entretanto, a maioria das participantes diagnosticadas com a doença desconhecia um histórico de infecção sexualmente transmissível nos últimos 12 meses (n=20/80,0%). O uso de preservativo com parceiros fixos foi considerado fator de proteção (odds ratio de 0,76; intervalo de confiança de 95% de 0,68-0,85).

Conclusão

Foi alta a prevalência de sífilis na população carcerária feminina estudada, principalmente entre as gestantes. Medidas preventivas e de tratamento da doença, bem como cuidados pré-natais adequados, podem minimizar o impacto da sífilis nos sistemas prisionais e, consequentemente, melhorar esse indicador de saúde no país.

Alta prevalência de sífilis em unidade prisional feminina do Nordeste brasileiro
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