einstein (São Paulo). 01/out/2016;14(4):501-7.

Avaliação da saúde bucal em pessoas com necessidades especiais

Danielle de Moraes , Paula Cristina Gil Ritter , Lilian

DOI: 10.1590/S1679-45082016AO3712

RESUMO

Objetivo

Conhecer a prevalência dos principais problemas bucais em crianças com necessidades especiais, e relacionar as doenças de base com variáveis clínicas e demográficas.

Métodos

O estudo foi realizado a partir de exame clínico em 47 alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais com diagnóstico médico de síndrome de Down, paralisia cerebral e deficit intelectual. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário autoaplicativo com índices de cárie dentária e higiene oral, classificação de Angle, malposição de grupos dentários e hábitos de higiene oral.

Resultados

A faixa etária predominante foi de 12 a 25 anos (46,8%) e a maioria era do sexo masculino (55,3%). Em relação à escovação dentária, 63,8% relataram escovar os dentes três vezes ao dia, sendo que 85,1% realizavam-na sozinhos. Constatou-se que 48,9% dos examinados apresentavam uma classificação de Angle tipo I e 25,5% não apresentavam qualquer tipo de maloclusão. Os avaliados (44,7%) apresentaram alto índice de cárie dentária (cariados, perdidos e obturados >10) e 53,2% apresentaram higiene oral inadequada (zero a 1,16). Houve diferença estatisticamente significativa entre a paralisia cerebral e o ato de escovar os dentes sozinho.

Conclusão

Constataram-se altos índices de cárie e de maloclusão classe I, além de inadequada higiene oral. Houve influência do tipo de patologia de base na realização do ato de escovar os dentes sozinhos.

Avaliação da saúde bucal em pessoas com necessidades especiais
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