einstein (São Paulo). 19/fev/2021;19:eED6207.
Emergindo da pandemia de COVID-19: os números e as lições que permanecerão conosco para sempre
DOI: 10.31744/einstein_journal/2021ED6207
No Brasil, o primeiro paciente com a doença do coronavírus 2019 (COVID-19) foi diagnosticado em 26 de fevereiro de 2020. Morava em São Paulo (SP) e retornara recentemente de uma viagem da Europa. Ao longo das semanas seguintes, a maioria dos novos casos de COVID-19 tinha um fator de risco epidemiológico identificável – ter viajado ao exterior ou tido contato com um paciente que sabidamente estava com o coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). No entanto, como as medidas iniciais de contenção falharam, a epidemia, que começou nas classes mais altas, rapidamente se espalhou para toda a comunidade, atingindo de forma muito dura as pessoas das classes mais desfavorecidas. ( ) Desde 31 de agosto de 2020, 257.778 casos já foram confirmados na cidade de São Paulo, e 11.400 mortes foram atribuídas à COVID-19 (https://www.seade.gov.br/coronavirus/).
Sistemas de saúde pública e privada em São Paulo foram forçados a fazer ajustes, frequentemente juntos, para permitir o uso racional e eficiente de recursos médicos limitados. Várias medidas de saúde pública implementadas em resposta à pandemia de SARS-CoV-2, incluindo uma quarentena no município e, logo depois, o uso obrigatório de máscaras de tecido ou cirúrgicas. Porém, hospitais de campanha temporários e a escolha de hospitais públicos selecionados para se tornarem centros de referência para o tratamento da COVID-19 foram pilares da política de saúde pública.
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