einstein (São Paulo). 08/maio/2020;18:eED5619.
Segunda vítima: afinal, o que é isso?
DOI: 10.31744/einstein_journal/2020ED5619
Os profissionais de saúde praticam suas atividades diariamente, com ciência e dedicação, em diversas situações de cuidados excessivamente complexos. Nobres, corajosos e cheios de compaixão, querem cada vez mais salvar pessoas, serem úteis, objetivam melhores resultados na assistência, enfrentam bravamente longas jornadas de trabalho e horas sem dormir, e são conhecidos como profissionais que se dedicam constantemente, tanto no trabalho quanto nos estudos. Além disso, possuem uma forma de trabalhar que requer disposição física e agilidade para avaliar, diagnosticar e cuidar de seus pacientes. Zelar pela vida dos outros é tarefa dos profissionais de saúde.(,)
Evitar complicações é um dos principais objetivos de todos os profissionais, com foco na segurança do paciente e na qualidade da assistência. No entanto, eventos adversos são uma realidade e, provavelmente, sempre farão parte do sistema, devido à natureza universal da falibilidade humana e à complexidade na qual os cuidados se inserem. Os eventos adversos podem causar danos graves ao paciente ou óbito; assim, o paciente é a “primeira vítima” desses eventos. No entanto, as vítimas de eventos adversos vão muito além de tal indivíduo. Quando eles ocorrem, há um efeito indireto nos profissionais de saúde, considerados as “segundas vítimas”.()
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