einstein (São Paulo). 27/abr/2020;18:eAI5742.

O sinal do halo como apresentação tomográfica pulmonar na COVID-19

Lucas de Pádua Gomes de , Helena Alves Costa , Eduardo Pinheiro Zarattini , Fernanda Formagio , Gustavo Borges da Silva

DOI: 10.31744/einstein_journal/2020AI5742

Paciente do sexo masculino, 36 anos de idade, natural e procedente de Nova Jersey (Estados Unidos), obeso, hipertenso e diabético, compareceu ao nosso serviço sudoreico, taquipneico, taquicárdico e febril (38,6°C) e saturando 90% em ar ambiente. Relatou que, há 5 dias, procurara um serviço médico nos Estados Unidos por queixa de tosse seca, coriza, mal-estar e febre referida. Na admissão, o paciente realizou radiografia () e tomografia computadorizada () de tórax, que evidenciaram múltiplas pequenas opacidades nodulares e consolidações esparsas por ambos os pulmões, com distribuição periférica e central, acompanhadas de halo em vidro fosco, configurando o sinal do halo. A pesquisa da infecção por coronavírus por meio de reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa (RT-PCR) detectou a presença do RNA do vírus no material colhido da nasofaringe do paciente.

Os achados tomográficos da pneumonia na doença pelo novo coronavírus tipo 2 (SARS-CoV-2), a coronavirus disease 2019 (COVID-19), são inespecíficos e podem ser encontrados em outras etiologias virais e nas pneumonias em organização. O aspecto mais comum inclui opacidades em vidro fosco pulmonares multifocais, associadas ou não às áreas de consolidação ou espessamento septal (configurando aspecto de “pavimentação em mosaico”), apresentando distribuição bilateral, principalmente nas regiões pulmonares periféricas.() A tomografia computadorizada pode ser usada nos pacientes sintomáticos, inclusive com relato de maior sensibilidade, mas especificidade limitada em relação ao teste molecular padrão,(,) porém não é recomendada para o rastreio pela maioria das sociedades.()

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O sinal do halo como apresentação tomográfica pulmonar na COVID-19
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