einstein (São Paulo). 08/mar/2016;14(2):290.

Enfisema subcutâneo facial de início tardio após fratura do seio frontal

Andreia Filipa Miranda , Virgínia , Sofia , Alexandra , Eduarda Marisa

DOI: 10.1590/S1679-45082016AI3532

Criança de 5 anos de idade, sexo masculino, com antecedentes de fratura do seio frontal há 2 anos, tratada de maneira conservadora e, atualmente, sem seguimento por cirurgia. Apresentou-se à admissão com quadro febril agudo, edema marcado da pálpebra e região supraciliar direitas, acompanhados de movimento ocular doloroso homolateral. O exame físico não revelou outras alterações, excluindo-se o comprometimento neurológico. Os exames laboratoriais mostraram aumento dos marcadores de inflamação. Para estadiar a extensão da inflamação e excluir as complicações intracraniais, realizou-se tomografia computadorizada do crânio e órbitas, que revelou edema frontal e periorbitário à direita, estendendo-se à área pós-septal, sem envolvimento do nervo ótico. Foram também observados enfisema subcutâneo ao redor de ruptura, na continuidade da parede anterior do seio frontal, e um processo de pansinusite aguda, com níveis hidroaéreos nos seios maxilares, etmoidais, esfenoidais e frontais; não foi notada formação de abcesso. Admitiu-se o diagnóstico de celulite orbitária e enfisema subcutâneo facial devido à pansinusite. O enfisema subcutâneo facial é habitualmente relatado como uma complicação aguda da fratura óssea.() No entanto, neste caso, apresentou-se como uma complicação tardia, provavelmente desencadeada pelo processo agudo de sinusopatia frontal, o que constitui complicação rara.

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Enfisema subcutâneo facial de início tardio após fratura do seio frontal
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